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Coordenação de José da Luz Saramago
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Para todos os conterrâneos, em especial para os que vivem e labutam fora do seu torrão natal.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

NOSSA TERRA NOSSA GENTE

                                    PREGÕES
Do Espinheiro vinha o "Pistola" soprando na corneta e cantando: "Sardinhas e carapaus!..."
O Cruz, de Pernes, na sua carroça, gritava: "Quem tem ovos e galinhas pra vender?..."
Os pregões multiplicavam-se: "Ferro velho, cera ou lã","Ourives à porta", "É barato! é barato! comprem, minhas senhoras, comprem! Trago chita da tabela!"
E quantas vezes os pregões se misturavam...
"Têm por aí trapos ou  garrafas que queiram vender?..." Chegou o homem da loiça. É tudo barato. Tudo barato!"
A aldeia acordava ao som dos cânticos destes verdadeiros artistas, compositores das suas músicas e autores das letras dos seus pregões.
Era bonito de se ouvir e as pessoas tinham às suas portas a satisfação das suas necessidades. Senão tinham dinheiro, trocavam por produtos seus. Se não os tinham, ficavam a dever. Se não compravam muito, contentavam-se com o pouco. O tempo era de uma sardinha chegar para três pessoas... "Deus dava o frio conforme a roupa".

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