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                                         UF! ... QUE MAU CHEIRO...


FROM: ZÉ CONTRIBUINTE
TO: A QUEM DE DIREITO


Exmº. Senhor


Volta e meia, Vª. Ex.ª descuida-se... desculpe, a ETAR descuida-se e é cá um mau cheiro que nem queira saber. As nossas narinas, os nossos estômagos, as nossas cabeças vêem-se aflitas para suportar tal pivete. Na vila ou na Louriceira, tal como nas aldeias ribeirinhas em redor da ETAR, é como se estivesse-mos dentro de uma fossa. É um martírio!...  Naturalmente que nem sempre assim é. Valha-nos isso!
Se eu soubesse onde Vª. Exª. mora ou tivesse o número do seu telemóvel dar-lhe-ia uma palavrinha, na altura certa, a convidá-lo para um almocinho em minha casa, de janela aberta. Mas V.ª Ex.ª  é uma figura muito complicada, uma identidade que poderíamos designar de pardo/escuro/invisível e, por isso, não tenho outra solução se não a de me queixar ao vento sujo que passa e leve as minhas mágoas a outros sofredores, quiçá mais resignados.
Para terminar, deixo-lhe um desabafo em jeito de provérbio:
Quanto mais se mexe na ETAR mais mal cheira.
Com esperança em dias melhores, o seu 
                                                                              zé contribuinte