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- NOTÍCIAS, COMENTÁRIOS, HISTÓRIA e ESTÓRIAS DA ALDEIA-

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Coordenação de José da Luz Saramago
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Para todos os conterrâneos, em especial para os que vivem e labutam fora do seu torrão natal.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

anúncios de borla


Rua direita, 15 - Louriceira - reconstrução de 2010 - 2 quartos - terraço - 85000 euros T 249882866

HISTÓRIA


                        31 de Janeiro no Porto


Faz hoje 120 anos que da varanda da Câmara Municipal do Porto foi proclamada a República aquando da revolta para a tentativa de derrube da Monarquia.

RECORDANDO


clique duas vezes no texto



domingo, 30 de janeiro de 2011

DESPORTO


            FUTEBOL

Terceira divisão nacional

MONSANTO 3  -  VIGOR MOCIDADE 2
Os 3 golos do GD Monsanto foram marcados por Pedro Emanuel
Agora, em segundo lugar, com 32 pontos, a 3 do Nogueirense que é 1º, trocou o lugar com o Riachense que perdeu em casa com o Marinhense por 2 - 0

INVERNO



FEZ ONTEM 5 ANOS...

CONVÌVIO


SENIORES

           CURSOS PARA SENIORES


Lê-mos com frequência nos jornais regionais que várias autarquias promovem cursos de computadores para a terceira idade.
Já aqui nos referimos a este assunto chamando à atenção das nossas autarquias para a necessidade de voltar a esta prática que já deu resultados em tempos idos. Se é certo de que alguns não conseguiram ter êxito, também é certo de que outros aproveitaram.

sábado, 29 de janeiro de 2011

DESPORTO

                                        FUTEBOL

DISTRITAL DE SANTARÉM

Atlético Alcanenense  1  -  Benavente 2

Em jogo disputado hoje no campo do Atlético.
Agora em 4º lugar, com 31 pontos, a 5 do SL Cartaxo que é 1º.

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FUTSAL


CRDLouriceirense 4  -  Vitória de Santarém 7




Os golos do CRDL foram marcados por Samuel, Tiago, Eduardo e Chíxaro.


 Na tabela da classificação geral o Louriceirense continua em penúltimo lugar


FK

CIÊNCIA


                MAIS UMA INVENÇÃO DA CIENTISTA ELVIRA FORTUNATO

Esta cientista de origens louriceirenses volta a inovar no mundo da investigação e da tecnologia.
Com a sua equipa, está agora a desenvolver baterias de papel que se carregarão, apenas, com a umidade do ar e sem recurso a eletricidade e produzir todo o tipo de aparelhos eletrónicos baixando o preço da eletrónica em cerca de três mil vezes em termos de custo da matéria prima e em 600 vezes    na condutividade (óxido de zinco).

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

PENSAMENTOS


"Se não quero fazer companhia arrisco-me a ficar só"

                Padre António Vieira

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"A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade"

Pablo Picasso

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"Um homem só não vale nada"

Manuel da Fonseca

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"Não se pode matar o mensageiro quando não se gosta da mensagem"

João Carlos Lopes in jornal Torrejano


                 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

HISTÓRIA

                     LOURICEIRA ENTRE 1930 E 1960
  
UM TRABALHO DA PROF. DOUTORA MARIA SUZANA GARCIA

Enquanto estudante de Ciências Antropológicas do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, esta nossa conterrânea, em 1998, desenvolveu um trabalho de pesquisa recorrendo a entrevistas a pessoas idosas de toda a freguesia e, num A4 com 50 páginas a que deu o título de Caracterização Agrícola e Ecológica de Uma Aldeia Rural do Concelho de Alcanena  do qual extraímos da página 22 o seguinte texto:
" A carne de porco era preparada para enchidos e o toucinho para torresmos e o restante, assim como os ossos, colocado em salmoura. As pernas podiam ser preparadas para presuntos. Tudo isto tinha que durar para o ano todo. Mesmo as famílias mais abastadas apenas comiam galinhas velhas e só em ocasiões muito especiais porque a maioria era para vender. Os comerciantes ambulantes trocavam galinhas, perus e ovos por tecidos, e era assim que muitas famílias conseguiam comprar os enxovais para as filhas.
O peixe também era uma fonte proteica importante na alimentação. No Inverno deslocavam-se alguns pescadores da Nazaré para estas paragens, pescavam no rio e vendiam o peixe aos habitantes locais. Também quase todos os dias vinham peixeiras vender sardinhas à aldeia  mas porque o dinheiro era escasso, uma sardinha tinha de ser dividida por duas ou mais pessoas. O principal conduto eram as azeitonas, seguidas pelo queijo e pelos ovos, sendo que o principal tempero era o azeite que no povoado existia em abundância.
O rio dava água para as hortas, força para mover as azenhas, areia e o peixe. 
Até aos anos 70 a população viveu em harmonia com o rio, a indústria de curtumes seguia moldes tradicionais, não poluentes, não utilizando muitos produtos químicos, pelo que todos os excedentes das fábricas eram reciclados e aproveitados pelas populações rurais.
O azeite tinha de ser poupado, as pessoas mais carenciadas vendiam-no aos lagareiros e, depois iam-no comprando aos poucos durante o resto do ano. 
Realmente, neste período, passou-se muita fome na aldeia.

                

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SOCIEDADE


                                          CENSOS 2011


Os recenseamentos da população e da habitação vão decorrer este ano no mês de março.
Pela 1ª vez os recenseamentos poderão ser realizados através da internete.
Para mais informações consulte www.censos2011.ine.pt

DIREITOS HUMANOS

                                    DIA MUNDIAL DA LIBERDADE


Celebra-se hoje em todo o mundo o Dia Mundial da Liberdade. Dizemos em todo o mundo porque mesmo em países onde a liberdade não existe, tal como em Portugal durante 48 anos, há sempre quem a celebre a LIBERDADE.


 "Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos  de uma criança"
António Gedeão

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

AUTARQUIAS

                              ESTÁGIOS PROFISSIONAIS NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL


Estão abertas candidaturas para jovens licenciados que tenham até 35 anos de idade, à procura do 1º emprego ou desempregados.
As inscrições estão abertas até ao dia 4 de Fevereiro.
Para mais informações, consulte o portal autárquico www.portalautarquico.pt

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

OPINIÃO

                         O QUE OS LIDERES DOS PARTIDOS DISSERAM


"Os portugueses optaram pela estabilidade política"
                                                                                     José Sócrates


"O PSD tem aspiração de vir a governar no 2º mandato de Cavaco silva."
                                                                         Pedro Passos Coelho


"É preciso uma esquerda forte (...) quando a direita já está a afiar as facas".
                                                                         Francisco Louçã


"Um objetivo justo não deixa de ser justo mesmo quando não é alcançado".
                                                                         Jerónimo de Sousa


"O país não quer este embrião de aliança PS/PSD porque a maioria do país não gosta de radicalismos".
                                                                        Paulo Portas











RECORDANDO

                                HÁ 20 ANOS TAMBÉM HOUVE ELEIÇÕES:



Colaboradores

                                   
                                            UM QUEM DIFERENTE


Queria ser feita de Paz,
de doçura, de amor...
Queria-me eternizar para o futuro
que eu não vou ter
e voar como um pássaro
que brilha e reflete.


Queria aí, apanhar o mundo
e deixar-me levar...
Queria, nem ser eu,
nem pensar em mim,
nem conhecer-me
como me conheço!!!...
                                               Nazaré Henriques   -   Louriceira
  
Nota: Louriceira.online exorta os poetas de Louriceira (e não só) a tirarem da gaveta os seus poemas.
Quantos poetas, hoje consagrados, tiveram, também, medo de lhes dar luz?
Esperamos por vós!    

ELEIÇÕES


                               RESULTADOS NA LOURICEIRA


Cavaco Silva                               91
Defensor de Moura                      3
Francisco Lopes                         33
José Coelho                                 13
Manuel Alegre                            63
Fernando Nobre                         34

domingo, 23 de janeiro de 2011

opinião

"Quando reparto o meu pão com os pobres chamam-me Santo, mas quando me perguntam pelas causas da pobreza chamam-me comunista."
                                                                         D. Helder da Câmara


                                                  ===================


"É urgente um debate mundial sobre a Democracia e as causas da sua decadência, sobre as relações entre os Estados e o poder económico, sobre o direito à felicidade e a uma vida digna, sobre aquilo que afirma e nega a Democracia, sobre as misérias e as esperanças da Humanidade.
Não há pior engano do que aquele que a si mesmo se engana. E é assim que estamos vivendo."


                                            José Saramago in Forum Social Mundial em 18/02/2002

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VENDE-SE NA LOURICEIRA - R. DIREITA  T 249882866


sábado, 22 de janeiro de 2011

desporto

                        
ATLETAS DE ANDEBOL DO JAC NA SELEÇÃO NACIONAL DE JUNIORES FEMININO


Ana Henriques, Neuza Valente, Patrícia Rodrigues e Vanessa Oliveira do Juventude Amizade e Convívio, são atletas que vão integrar o estágio da Seleção Nacional em Ansião, de 25 a 30 deste mês

                                                          ===============================
                                                          FUTEBOL
DISTRITAIS
TAÇA DO RIBATEJO

O Atlético Clube Alcanenense bateu o Oureense por uma bola a zero seguindo em frente na Taça do Ribatejo


3ªDIVISÃO NACIONAL


Marinhense 0 - Monsanto 1

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                                                     FUTSAL

                                        Melhor que uma festa, só duas festas.
A juntar à festa de São Vicente chegou agora a notícia de que o Centro Recreativo Louriceirense foi derrotar à Azinhaga o grupo local por um expressivo 7 a 5.
Pelo Recreativo marcaram Tiago (2), Márcio (2), Alex, PT e Guedes.
                                                         

FK

festas

                                          NA LOURICEIRA
Depois da alvorada e do Peditório fomos ao delicioso almoço. Segue-se a Eucaristia em honra de São Vicente e a procissão acompanhada pelo Solidó de Pedrógão.
Às 19 inicia-se o jantar, seguindo-se o baile com DM MUSIC.
Amanhã é o dia dedicado ao lugar de Carvalheiro.

festas

HOJE, 22 DE JANEIRO, FESTA/CONVÍVIO DE S. VIVENTE

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

recordando

Adicionar

Foi assim há 18 anos, conforme relata o jornal "O Alviela"
Hoje já começa outra que mais poderíamos chamar de convívio.
Desta vez, os possíveis lucros revertem a favor da construção do Centro de Dia da AIJIL.

Amanhã:

"Tocam os sinos na torre da Igreja
Há rosmaninho e alecrim plo chão
Na nossa aldeia, que Deus a proteja,
Vai passar a procissão".

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

LITERATURA

                                      APRESENTAÇÃO DO LIVRO
ADELAIDE CABETE
DE ISABEL LOUSADA

Na próxima terça-feira, pelas 18h, será apresentado por Isabel do Carmo, na Biblioteca-Museu República e Resistência, na Cidade Universitária, Rua Alberto de Sousa, 10A, em Lisboa.
Adelaide de Sousa viveu entre 1867 e 1935.


CLUBE DE LEITURA


A Biblioteca Municipal realiza no último sábado de cada mês um Clube de Leitura dedicado à Poesia.
Para cada sessão é escolhido um poeta, sendo a sua vida e obra o tema de debate destas sessões literárias.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

FESTAS


           DESENHO DO PINTOR LOURICEIRENSE MANUEL ESTEVES


                  S. VICENTE


É já na sexta-feira que tem início a festa do santo mais querido pelas nossas gentes.
Conta-nos um dos homens mais antigos da Louriceira - António Clemente Pereira - que lhe transmitiu sua avó ser esta uma das mais concorridas festas da região.
"Na véspera juntava-se à noite o povo no adro da Igreja e, munido de grandes archotes, dirigia-se para a Ermida de S. Vicente (hoje já não existe mas situava-se na rua da Ermida) trazendo, em procissão, o Santo até à Igreja, onde permanecia durante a festa. Mas na primeira metade do século XIX, numa noite, o Santo desapareceu da Ermida vindo a ser encontrado mais tarde na Igreja de Malhou. 
Decorridos alguns anos, uma mulher de Louriceira ofereceu-se ao padre daquela povoação vizinha para fazer a limpeza da da sua Igreja e de tal maneira foi a limpeza que nem o S. Vicente escapou.
Transportou-o debaixo de um grande avental de roda e trouxe-o de volta à sua Ermida". 

campanha eleitoral


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ELEIÇÕES

     
                                       ELEITORES DO LUGAR DO CARVALHEIRO


A Câmara Municipal põe ao dispor dos eleitores destes moradores um autocarro que partirá às 10h, junto ao local da nova capela, afim de poderem votar na Louriceira nas eleições para a presidência da República.

autores louriceirenses

UMA PÁGINA DO LIVRO " RECORDANDO AS FESTAS" DE ARNALDO ANACLETO

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

autarquias

     MONDA QUÍMICA EM LOURICEIRA


De hoje e até dia 21, vai proceder-se à monda química nas artérias da nossa terra pelo que a Junta de Freguesia publicou editais nesse sentido afim de prevenir eventuais riscos, especialmente para crianças e animais.

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festas



domingo, 16 de janeiro de 2011

associações

NOVOS CORPOS SOCIAIS
Tomaram hoje posse os novos Corpos Gerentes desta Instituição de Solidariedade Social na presença de muitas dezenas de associados. 
O elenco, que resulta das eleições de 13 de Dezembro, pode ser consultado em Louriceira.Oline desse mesmo dia.

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recordando


sábado, 15 de janeiro de 2011

POESIA

sem nome de autor
enviado para Louriceira.na.net

OPINIÃO

" O Plano de Estabilidade e Crescimento, para uma minoria, mais não é do que um Processo de Enriquecimento em Curso. Mas para a maioria da população é um programa político de Pobreza Em Construção."
                     São José de Almeida in Público de 08/01/11


                                                      ===================
" A situação é fruto de anos e anos de uma política agrícola comum (PAC) que nos fez desinvestir na Produção."
                    Director Geral das Indústrias Agro-alimentares (FIPA)

FESTAS

                                      SANTO AMARO EM FILHÓS


Entre as 8.30 e as 9h o foguetório fez-se ouvir aqui na Louriceira.
A tradição já não  é o que era mas festa vem-se prolongando no tempo, sem interrupções.
Há 60 e setenta anos atrás, toda a rapaziada e a maior parte da nossa população atravessava a ponte do Alviela, ali na Azenha, subia até ao cabeço, onde se encontra a capelinha, pagava a promessa por algum osso partido, se fosse caso disso, e seguia para para a festa onde a alegria transbordava.
O frango na brasa era imprescindível, as rifinhas da quermesse, também. À noite o baile, ao som da concertina do Arlindo, durava até de madrugada...
Hoje, a festa continua.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cartoon


JUVENTUDE


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

colaboradores

                                      REALIDADE

A realidade,
são palavras inúteis
ditas para disfarçar o medo
de se entender a verdade

A realidade, 
é um sentimento de culpa
nascido em todos nós
quando acreditamos no ódio dos outros

A realidade 
é a força da metralha
da guerra feita por vingança
onde os que sofrem não são culpados!

A realidade
foi a bomba de Hiroxima.
É aquilo em quem ninguém acredita!
É o mal obrigado a nascer em nós

A realidade
é a tua vingança à vida
a insegurança do teu futuro 
e a esperança de que tudo vai mudar.

Nazaré Henriques
Louriceira

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

autores louriceirenses

Jorge Gomes

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

nossa terra nossa gente

                             A VIDA E MORTE DE ZÉ DO NACO (continuação)
                                       REGRESSO À LOURICEIRA


Muitos abraços e até lágrimas comoveram o casal. Familiares e população contentes do seu regresso, providenciaram para que nada faltasse ao casal Naco. Estes sentiam-se mais importantes, mais confiantes na vida e isso contribuiu para se fixarem em definitivo, até porque o senhor mais importante da terra, o tal do automóvel de corrida, lhe fez oferta de trabalho.
Zé do Naco tinha bronquite asmática e o trabalho duro do campo não lhe era favorável pelo que seu patrão o transferiu para para a azenha, fazendo dele moleiro. Agora num local ermo, distante da aldeia, mas tinha-se habituado à solidão nos montados de Sobreira Formosa. Aqui viveu, igualmente sozinho, porque a sua Maria, agora chamada de Maria Naca, se radicou na povoação mas indo diariamente levar-lhe as refeições e o seu sorriso, o seu carinho. Nenhum mimo passava por suas mãos que não fosse repartido com o seu homem que ali estava dia e noite agarrado às mós e aos sacos de trigo e de farinha.
Zé do Naco, para melhor passar os dias e as noites, os verões e os invernos, inventava estórias que a si próprio contava. Sonhava, ainda, com dias melhores. Contava pelos dedos os domingos de descanso que tinha tido nos seus 50 anos de trabalho. Cismava nos amigos e inimigos que tinha tido na vida. Inimigos, não!  Era coisa que não tinha. - "Ah, é verdade, um dia dei uma malha de porrada num gajo... Mas já lá vão quase 50 anos e ele terá esquecido. Até porque está lá prós lados de Lisboa e nunca mais lhe pus a vista em cima. Não há-de ser este que se orgulha de ser meu inimigo".
Vivia , pois, de consciência tranquila. Em paz, amigo de toda a gente.
Vivia...
Mas numa tarde em que Maria Naca foi para levar o jantar e os habituais carinhos ao seu "Zéi", encontrou-o morto, feito em pedaços espalhados pelo chão, no meio de quatro paredes pintadas de sangue. Tinham-no matado com requintes de malvadez.
Quem teria sido? E porquê, senão lhe conheciam inimigos? Porquê aquela selvajaria? Seria alguém da Sobreira? Mas as gentes daquela terra garantiam que era estimado por todos. Na Louriceira, também.
Interrogações que permaneceram vinte anos. A Judiciária nunca encontrou qualquer pista. Mas eis que o tal que sofreu a "malha de porrada" entrou em agonia e contou à sua mulher o seu pesadelo.
Guilherme, um pastor que no dia do crime estava por perto, confirma o assassinato: "Aquele maroto, encontrou-me ali perto e disse-me que se eu contasse a alguém, me faria o mesmo".
E, de facto, o medroso do Guilherme guardou o segredo que na altura revelou...
Tarde de mais...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

POESIA


DOS JORNAIS

RECORTE DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS DE HOJE


       ===   ===   ===   ===   ===   ===

"O GOVERNO ESTÁ A MATAR PELA RAIZ OS CHAMADOS DIREITOS SOCIAIS"
                                    D. Manuel Martins
                                    in Correio da Manhã


         ===   ===   ===   ===   ===   ===


... " Os 4 maiores Bancos portugueses tiveram de lucro por dia 4 milhões de euros e pagam  IRC inferior a qualquer mercearia".
                                        dos jornais de referência


          ===   ===   ===   ===   ===   ===


...Este é um governo socialista?
                                          perguntamos nós
                           

pensamentos

"Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização"
                                                         Luther King


                                                                     =========
"O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude  e o realista ajusta as velas.
                                                         William Word


                                                                      =========


"Um beco sem saída é apenas um bom lugar para dar a volta"
                                                         Naonti Judd
                                                                       =========     


... e tudo isto, a propósito do momento em que o nosso país vive. É preciso fazer alguma coisa!
                                                         dizemos nós

domingo, 9 de janeiro de 2011

nossa terra nossa gente

                  A ESTÓRIA DA VIDA E MORTE DE ZÉ DO NACO (continuação)


Eram felizes. Maria repartia com o seu Zé toda a riqueza da sua pobreza. Viveram muitos anos naquele Monte, até descobrirem que aquela vida não dava para um dia poderem ser livres. Ao menos para que, como os outros casais de Sobreira Formosa, podessem dispor de tempo e algum dinheirito para ir à feira anual de Castelo Branco comprar uma farpelita nova. E ainda o que lhes valia era não terem filhos...
Sonhavam com uma vida melhor.
O sr. Januário, pessoa perspicaz, percebeu a tramóia e, num belo domingo, depois da missa, chamou o Zé ao seu escritório, mandou-o sentar num cadeirão mais baixo. Elogiou o seu trabalho e prometeu-lhe que das vinte parideiras, a primeira a ter bácoros, esses seriam para si e que, logo que tivessem capazes poderia tirar um domingo para ir com a Maria à feira vendê-los.
O nosso herói não cabia em si, de contentamento.
- Sabes, Maria, os primeiros bácoros que nascerem, são nossos! - gritou Zé do Naco, eufórico de alegria.
Eu não te dizia, Zéi, que o Sr. Januário era o melhor patão das redondezas!?... - correndo a abraçá-lo.
E lá ficaram felizes de esperança, sonhando, sonhando...
Os dias e os anos foram passando sem que, apesar daquele vantajoso "contrato" se vislumbrasse, em concreto, uma vida mais digna.
Mas um dia chegaram notícias da Louriceira, ... Que tinham feito uma ponte de madeira sobre o Alviela; que arranjaram a estrada e inauguraram uma fonte; que até já havia quem tivesse comprado um automóvel...
Zé do Naco ficou entusiasmado e convenceu a sua Maria a ir conhecer a sua terra logo que juntassem dinheiro para a carreira.
Se bem combinaram, melhor fizeram. Abalaram, sem avisar ninguém, com todos os seus haveres.
                              

sábado, 8 de janeiro de 2011

CONTRASTES

                                                      LARGO LUÍS DE CAMÕES
FOTO DE 1941



FOTO DE HOJE

A foto de cima mostra-nos o largo da Igreja - como era designado há 70 anos. Árido, inclinado, de enormes lajes, onde a rapaziada costumava jogar ao pião e ao berlinde e os mais velhos à malha. Era o local onde, todos o anos ardia a Fogueira do Natal que, nessa altura, juntava toda a população.
A casa mais alta era a moradia do Sr. Roberto, o homem mais rico e, também, mais avarento da  terra. Ao lado morava o Sr. Manuel Leonardo, a seguir, João Freitas e Silva e, mais ao fundo, a loja do Sr. Francisco Esteves - vulgo Francisco da Loja - pai dos pintores João e Manuel Esteves.
A foto de baixo mostra-nos hoje o mesmo local. É o centro da aldeia .Um Jardim que já teve várias transformações desde os anos 60. Tem por perto uma mercearia, um café-bar, dois restaurantes, um quiosque (por inaugurar) a Casa Mortuária, o Posto Médico, a Junta de Freguesia, a Creche, o Jardim Infantil, o Centro de Convívio da AIJIL, o Pavilhão Polivalente, a Associação de Caçadores, a Escola do 1º Ciclo e, no centro de tudo, a Igreja.



sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

OPINIÃO


"Quem manda e rouba tem todos os motivos para sorrir. Mas quem nada tem só pode sorrir se for inconsciente (...) Ser português não motiva um sorriso."


                                           Rui Rangel, Juiz desembargador, in Correio da Manhã.

autores louriceirenses


AGUARELA DE JOÃO ESTEVES

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

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                                                         =======================


nossa terra nossa gente

                                        A ESTÓRIA DA VIDA E MORTE DO ZÉ DO NACO


 -Raios parta a vida... Um homem não ganha para si, como há-de arranjar família? - Prègava com seus botões o Zé do Naco. Ele sabia de muitos que viravam costas à terra e, em pouco tempo, vinham notícias de que tinham melhorado a vida.
- Porque não hei-de eu fazer o mesmo? - indagava. E se bem pensou, melhor o fez. 
Saco às costas e sem rumo, foi andando e pedindo trabalho.
Correu aldeias, vilas e cidades. Só promessas...
Já na Beira - Baixa, cansado, desanimado, entrou numa taberna:
- Não sabem de alguém que me dê cómodo? Mesmo num palheiro. Preciso de descansar e, depois trabalhar.
- Olhe, o Sr. Januário tem lá palheiros no Monte e precisa mandar os porcos pró montado - respondeu um sujeito de barrete e cinta larga, ao mesmo tempo que enrolava o tabaco numa mortalha.
Beberam um copito e lá foram ambos a casa do lavrador.
Nessa noite Zé do Naco descansou, contente por ter arranjado trabalho certo com cama e mesa por conta do patrão. O resto logo se veria.
 Quexê, quexê, quexê - sibilava o nosso guardador de porcos, intervalando o assobio, de varapau às costas.
Falava aos animais e começou a a perceber que estes o entendiam. Era já quase uma família de que Zé do Naco era o chefe.
Sentia-se quase realizado. Ainda mais quando a mulher do patrão lhe mandou pela criada roupa usada do Sr. Januário.
Maria insistiu para que ele trocasse a farpela, ali mesmo. Ele, que não. Queria guardá-la pró domingo.
- Ó sr. Zéi é pra ver se lhe fica bem....
Zé do Naco fez-lhe a vontade. Puxou do espelho redondo que trazia sempre no bolso do colete velho, mirou-se e, vaidoso, de andar ondeante, desfilou para a sua colega. Esta olhou-o das botas ao chapéu. Corou, envergonhada. Achou-o bonito e a roupa assentava-lhe melhor do que ao patrão.
Daí em diante, nada mais faltou ao Zé: O melhor chouriço. O toucinho mais alto e branquinho, o pão da primeira cozedura que, às escondidas, Maria recheava com enchidos..
Ela, bem mais pequena que ele, de olhinhos meio fechados, sorridente, redondinha, metia cobiça ao Zé do Naco.
Um dia, à tardinha, véspera duma noite que se adivinhava fria, Maria partiu ao encontro do colega, levando-lhe um cobertor de papa.
- Está um dia de rachar, Sr. Zéi!... 
Ele aceitou a manta e num gesto largo envolveu a Maria. Apertados, beijaram-se e caíram ambos na relva macia. Os porcos, sem comando, tresmalharam-se. E foi já noite alta que o moiral deu pela tarefa que ainda o esperava, enquanto Maria lhe cantava:
Aqui tens meu coração 
e a chave pró abrir
não tenho mais que te dar
nem  tens mais que me pedir.


                                                Continua no domingo

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

tristezas

DE LEITOR DEVIDAMENTE IDENTIFICADO, RECEBEMOS  ESTE POSTAL DESLUSTRADO QUE NOS QUE ENVERGONHA A NOSSA FREGUESIA E O MUNICÍPIO


Clique duas vezes no texto sff


Cartoon


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

autores louriceirenses

DESENHO DO PINTOR LOURICEIRENSE MANUEL ESTEVES

COLABORADORES


                         SE

Se dentro do meu peito, eu tivesse
uma força de querer, que pudesse
fazer voltar o mundo e quizesse
pensar que a fantasia, se houvesse,
faria a PAZ brotar do abraço que apetece!

Se, no sonho que tive, te encontrasse;
se, ao voltar a fechar os olhos, te tivesse;
se dentro de mim mesma eu só te visse;
que seria do Ideal que eu sonhasse,
se só tu e eu, na Terra, existisse?

Se, com tantos "ses", eu resolvesse
que o AMOR é a única palavra que merece
que se façam revoluções por uma prece...
Então pediria ao Deus que houvesse
que só nós dois, num abraço eterno, acontecesse!

Nazaré Henriques


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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

colóquios


autores louriceirenses


                                             ALEGREMENTE


É triste
passar pela vida 
tristemente,
obrigado a viver
como semente
podre, caída,
abandonada,
apenas ver
uma porta, sem saída
nem entrada,
e com a esperança
na vida,
perdida,
entrar
pela morte dentro,
alegremente.
                                                           Jorge Gomes
                                    in "Viagem ao Interior da "Solidão"

JUVENTUDE


domingo, 2 de janeiro de 2011

ASSOCIAÇÕES

TOMADA DE POSSE DOS NOVOS CORPOS SOCIAIS


Da eleição do passado dia 13 de Dezembro nasceram os novos Corpos Gerentes que, durante dois anos, darão continuidade a esta Instituição de Solidariedade Social.
Assim, está marcada para o próximo dia 16, domingo, pelas 15.30H, a tomada de posse, para a qual estão convidados os associados e a população em geral. 


                                                                   ===   ===   ===


                                                       FESTA/CONVÍVIO DE S. VICENTE


Afim de renovar o stok da quermesse, a AIJIL solicita a todos quantos possam ajudar, com artigos próprios para o efeito, a engrandecer esta vertente simbólica do evento.
As entregas deverão ser feitas no Centro de Convívio da AIJIL.

nossa terra nossa gente

                                                PÃO CASEIRO


Passar uns dias, de vez em quando, em casa dos filhos, é sempre agradável. Rever e abraçar amigos de algumas décadas, é consolador.
Há dias, numa refeição fui servida de "pão da Louriceira". E que luxo de pão... aveludado, gostoso!
- Da Louriceira, e ainda quente? indaguei, desconfiado.
- Chamam-lhe pão da Louriceira. Outros dizem ser alentejano. O que é certo é que é fabricado aqui bem perto. Em Alhos Vedros.
Desfazer o enigma, impunha-se. A curiosidade mete-me a caminho da padaria indicada:
Uma moradia tipicamente alentejana. Um magote de gente aguardava a última fornada.
Meti conversa perguntando se o pão seria tão bom como o cheirinho que nos entrava pelo nariz.
- Não há na região melhor pão que o da Louriceira.
- Da louriceira? Como, se é aqui fabricado?
- Não sei porque é assim chamado. O que importa é que é bom e não como outro.
Um portão largo, ao lado da padaria, conduzia-nos a um grande pátio, de paredes caiadas, onde pargas de lenha de pinho se arrumavam. Ao fundo, um enorme forno e a azáfama de vários trabalhadores. Mais ao lado, um armazém com pilhas de sacos de farinha onde, em letras vermelhas, se desvendava o "mistério":
"António Raimundo Pitorro & Filhos - Louriceira"
"Gato escondido com o rabo de fora".





sábado, 1 de janeiro de 2011

OPINIÃO

"O governo é forte para os fracos
e fraco para os fortes"
                   Teresa Caeiro in Correio da Mahã

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"Podemos estar descansados que, enquanto sobrar uma sopa, um prato de batatas, um rissol da mesa dos ricos, haverá sempre uma mão pronta à caridade. A outra mão - não se pode ter tudo - é a que nos rouba os salários, mas isso faz parte da política oficial.
Anabela Fino in O Avante!


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"Estamos numa situação de rapinanço das contas públicas"
Diogo Leite Campos, fiscalista, inCorreio da Manhã

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