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Coordenação de José da Luz Saramago
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Para todos os conterrâneos, em especial para os que vivem e labutam fora do seu torrão natal.

domingo, 4 de julho de 2010

NOSSA TERRA NOSSA GENTE

                                                                       O BAILE
Aos domingos à tarde, rapazes e raparigas juntam-se e dançavam as modas que cantavam.
Numa roda, de mãos dadas, uma moça ficava no meio:
"olha a triste viuvinha
que anda na roda a chorar
anda a ver se encontra noivo
para com ela casar".


Então, a rapariga do meio convidava um moço para dançar e este dizia-lhe que não.


" Já lá levas uma cabaça
duas ou três has-de levar
é bem feito, é bem feito
não achares com quem casar"


E outra, e ainda outra moda, viriam a seguir:


"Rosa branca ao peito/ a todos cai bem/ ao meu amorzinho/ melhor que a ninguém.
Melhor que a ninguém/ por dentro ou por fora/ quem sabe, olaré, quem ela namora.
Quem ela namora/ quem namoraria/ quem sabe, olaré,/ o que mais seria."


"Rosa branca, toma cor!/ não sejas tão desmaiada/ porque as outras rosas dizem/ rosa branca não é nada."


Ó rosa nunca consintas/ que o cravo te ponha a mão/ uma rosa enxovalhada/ já não tem aceitação."


O baile terminava antes de anoitecer. Era preciso deitar cedinho porque na 2ª feira, ao romper do sol, começavam as tarefas no campo.


"

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