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Coordenação de José da Luz Saramago
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Para todos os conterrâneos, em especial para os que vivem e labutam fora do seu torrão natal.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

NOSSA TERRA, NOSSA GENTE

BRINCADEIRAS DE ANTIGAMENTE

Nos anos 40 era uso jogar-se ao RAPA ( um cubo de madeira com um bico em baixo como o pião e uma cabeça em cima para o fazer rodar) em cujas faces tinha um R de rapa, um T de tira, um D de deixa e um P de põe, instrumento este que era rodado em cima de uma face plana, por exemplo uma tábua, por cada um dos participantes com a finalidade de ganhar grãos de bico que os putos "gamavam" às mães.
Cada jogador colocava na "mesa" 2 grãos que seriam rapados por aquele a quem saísse o R. Quem acertasse no T tirava os 2 grãos que lá tinha posto. O jogador a quem saísse o D deixaria tudo como estava mas se lhe calhasse o P teria de pôr mais 2.
Nestas brincadeiras, quase sempre no adro, o Henrique da Sapateira era sempre o campeão, levando muitas vezes os bolsos cheios. Diziam os outros que ele (dono do rapa) tinha feito qualquer marosca no brinquedo para ganhar sempre mas o bom do Henrique, a propósito disso, trouxe de casa mais de dois litros de grãos e uma lata onde os espalhou. O João da Carolina, o Ladino e o Amílcar foram à lenha para os assar e o Zé Rato foi a casa "gamar" ao pai uma garrafa de agua-pé.
Comeu-se e bebeu-se até quase à meia noite, quando a ti Carolina veio buscar o seu João por uma orelha.

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