QUANDO PARTES
Pelas frestas duma janela, amor,
vejo o fogo da paixão, o desespero
a claridade abre-se como uma flor
e o vento acolhe o mundo quando te espero.
Essa janela, amor, é bem pequena
nela cabe a mão e um olhar
é a lua que me deixa pena
e é o dia que te me faz lembrar...
E entre o sonho, o medo, a solidão
me fico nesta timidez de amar
um amor tímido que enche o coração
um amor vivo que se tenta salvar!
Mas a janela, amor, também se fecha
e, quando isso, a chuva vem espreitar,
tu partes, então, por alguns dias
eu fico, para te ver voltar...
Nazaré Henriques
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