Raquel Loureiro, Maria Adília, Elvira, Palmira, Beatriz Rodrigues, Ilda Loureiro, Maria Germanea, Lucinda Rodrigues, Madalena, Violeta e Maria Adília.
QUINTA-FEIRA DA ASCENÇÃO EM 1949
Um dos dias mais aguardados e festejados na Louriceira era a quinta-feira da Ascenção.
A mocidade juntava-se no adro, vestidinha do que melhor tinha e partia para um passeio ao campo. Colhiam flores e verdura, brincavam, cantavam, numa sã camaradagem entre rapazes e raparigas.
à tarde, o mesmo grupo, agora alargado, ia até aos Olhos d'Água petiscar o lanche que cada um levava e trocava. Novas brincadeiras, novas flores e os rapazes um belo banho.
De regresso, à
tardinha, pelo Vigário, Barroca e Ferreira cantavam:
Por cima se ceifa o trigo
por baixo fica o restolho
menina não se enamore
do rapaz que pisca o olho.
Não me mandes ceifar trigo
eu não sei talhar o eito
manda-me falar d'amor
que p'ra isso tenho jeito
À noite o salão do ti Mateus, iluminado a "petromax", aguardava os rapazes e as raparigas ( acompanhadas de suas mães) para o bailarico ao som d'uma concertina ou simplesmente num baile de roda continuando as cantigas populares da época:
Adiante, troca o par
que o meu já vai trocado
o amor que há-de ser meu
já aqui vai a meu lado.
Já aqui vai a meu lado
vai aqui à minha frente
o amor que há-de ser meu
Há-de sê-lo para sempre.
já a minha avó me contou o mesmo
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