LOURICEIRA TERRA HOSPITALEIRA
A nossa terra sempre acolheu bem os forasteiros.
Não é por acaso que, ainda hoje, uma parte considerável dos seus habitantes não é daqui natural. São, normalmemte, indivíduos que gostam da Louriceira e da suas gente. E, muitos têm-no provado atrvés de várias acções.
Hoje queremos salientar uma família que, de geração em geração, mesmo sem se radicar, sempre voltou aqui nos invernos duros de outrora para continuar a sua faina de pescadores da Nazaré.
Um dia, perdido no tempo por sucessivas gerações, José Lameiras, por alcunha o Vale de Água, veio aqui parar para pescar no rio Alviela, dada a sua fama de fartura e tamanho dos peixes:
"Barbo, bordalo ou enguias / boga pardelha ou sarmão / foram peixes de outros dias / para alguns seu ganha-pão."
Depois, seu filho, o António Lameiras, cresceu e, quando homem, com a família, seguiu o caminho de seu pai e aqui ganhou amigos, também. Depois dos invernos regressavam á Nazaré onde no verão recebia os seus amigos louriceirenses que, como hóspedes, viviam ali as suas férias. Há muitos anos falecido, suas fihas que, por sua vez, já têm netos, voltam nos invernos à Louriceira onde ajudam na apanha da azeitona e por cá têm tido cama e mesa. Em troca, recebem pricipescamente no verão os seus amigos. É assim a nossa solidariedade.
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